HOJE É O DIA "D"
Depois de acirrada disputa no primeiro turno, o Brasil conhece neste domingo o presidente para os próximos quatro anos. Votação do pimeiro turno, e as pesquisas hoje: Lula - 61% X Alckmin - 39%
A foto mostra a votação que Lula e Alckmin tiveram no primeiro turno, realizado no último dia 1º, garantindo a Alckmin, graças a soma dos votos dos demais candidatos, chegar às eleições deste domingo com 51,4% dos votos. Essa votação de Alckmin de 41,6%, mesmo não sendo suficiciente para ter derrotado Lula, com 48,6% acabou sendo surpreendente, se levarmos em conta às pesquisas que foram realizadas ao longo dos últimos meses. Dessa forma, a participação de Lula nesse novo cenário, pareciam indicar muitas dificuldades neste 2º turno. Erraram os que fizeram esta previsão. Esqueceram-se esses brasileiros, que Lula, tem hoje a torcida (eleitor) mais fiel neste país. Não importa se o penalti foi bem apitado, o que interessa é que ele garante a nossa vitória. Apesar de tanta corupção, mentiras e blindagens, o povo demonstra o desejo de manter Lula Lá! A maioria dos que votarão em Lula, mais do que eleitores, são seus torcedores: " Perdendo ou ganhando falam como um torcedor apaixonado: "Sou Lula". É por isso, que o seu prestígio pessoal superou CPIs e continua crescendo dia após dia, e a menos que possa ocorrer um fato inimaginável Lula deverá se reeleger neste domingo. Na sua eleição de 2002, Lula elegeu apenas dois governadores em pequenos estados. Mesmo com todas as crises, O PT já elegeu no 1º turno quatro governadores: Baía, Piaui, Sergipe e Acre, com chances de eleger neste 2º turno, mais alguns. Na eleição para a Câmara Federal, Lula teve a seu favor, aquilo que poucos esperavam: O PT foi o campeão de votos. Se esses pontos positivos não lhe garantirem a governabilidade, pelo menos o quadro fica menos dramático, se for incluida na pauta a reforma eleitoral em urgência urgentíssima. O ponto altamente negativo, fica por conta da própria postura de Lula, não fazendo o menor aceno com relação a algumas privatizações, cortes dos gastos públicos, diminuição do número de ministérios, e afastando os 35 mil funcionários que incharam ministérios e autarquias, presenteados com cargos bem remunerados. Se vitorioso, Lula vai iniciar a segunda administração sob júdice, respondendo por escândalos, cujos processos estão em pleno andamento. Há também um outro lado procupante. Depois do "affair" mensalão, Lula vai ser forçado a criar uma maioria no Congresso Nacional para garantir a governabilidade. Mesmo com a postura desgatada da maioria dos nossos políticos,ainda que queiram formar essa base, sabem que levantarão suspeita de estarem participando da nova versão do mensalão.
Aqui está um resumo da vida privada e política dos dois candidatos. A escolha é sua...
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, 60 anos, com cabelos e barba mais brancos,
penambucano, chega a sua quinta disputa presidencial pelo PT. O garoto pobre, que deixou o interior de Pernambuco aos sete anos rumo a São Paulo com a mãe e sete irmãos em um pau-de-arara, se tornou presidente e disputa a sua reeleição. Torneiro mecânico, Lula comandou na década de 70 o movimento sindical na região do ABC paulista. Preso durante o regime militar, em 1979, foi solto no mesmo ano.
Em 1980 fundou o Partido dos Trabalhadores. Dois anos depois, tentou sem sucesso, se eleger governador de São Paulo. Em 1986 foi eleito deputado federal. Na sequüência, três tentativas de chegar ao Palácio do Planalto: em 1989, foi derrotado no segundo turno por Fernando Collor, do extinto PRN, e em 1994 e 1998 derrotado ainda no primeiro turno por Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Em 2002, enfim veio a vitória. Com um discurso moderado com tom emocional e muitas promessas, assinado pelo publicitário Duda Mendonça, o petista conquistou quase 53 milhões de votos, batendo o então candidato do PSDB, José Serra, em um cenário de instabilidade econômica . Lula foi o o primeiro representante da classe operária a chegar ao poder no Brasil.
GERALDO ALCKMIN, 54 anos, paulista de Pindamoghambaba, médico com especialização em anesteologia, está participando de sua primeira eleição à presidência do Brasil. Em 1972, Alckmin se filiou ao MDB (atual PMDB). Nesse mesmo ano, venceu a sua primeira eleição com o verador mais votado na história da sua cidade, mais de 10% de votos válidos. Em 1976, com apenas 23 anos, foi eleito prefeto de Pindamonhangaba. Depois disso, a carreira políticado então médico aconteceu rapidamente. Em 1982, elegeu-se deputado estadual, e em 86, foi eleito deputado federal pelo PMDB, quando apresentou o Código de Defesa do Consumidor e lei sobre doação e transplante de orgãos. Em 1990, foi um dos fundadores do PSDB. No mesmo ano foi reeleito deputado federal por São Paulo. Em 1991 foi eleito presiente do PSDB paulista e saiu pelo interior fundando diretórios e atraindo aliados. Esse trabalho chamou a atenção de Mário Covas, que em 1994 o escolheu para se seu vice na disputa pelo governo de São Paulo. Em 2000, Alckmin tentou chegar a prefeitura de São Paulo, o que não ocorreu . Em janeiro de 2001, assumiu interinamente o governo do Estado de São Paulo, e acabou se efetivando com a morte de Covas. Nas eleições de 2002, com bons índices de aprovação, foi reeleito governador ao derrotar José Genoíno (PT), com (58,6 dos votos válidos).