/* Excluido depois do Upgrade do Google em 25 de Outubro de 2009 Fim da exclusao */

sábado, julho 10, 2010

"TODAS AS COPAS" (18a. Copa: Alemanha-2006)


ITALIA repete 34, 38 e 82 e chega ao TETRA em 2006















Fotos: (1)- Jogadores italianos comemoram o tetra no estádio de Berlim ; (2) - O símbolo do Mundial-2006, numa praça da Alemanha; (3)- Chegada da delegação italiana ao Aeroporto de Roma, sendo recepcionada da "Esquadrilha Frecce Tricolore; (4) -  O moderníssimo estádio de Munique (uma das sedes do último mundial).
O caminho de Itália e França até a decisão da Copa. Depois de 62 partidas realizadas, o mundo enfim conheceu os dois finalistas da Copa: Itália e França. Antes de a bola rolar no torneio e até mesmo após a primeira fase, poucos poderiam prever esta decisão. As duas seleções chegaram desacreditas na competição, apresentaram um futebol feio, porém competitivo, e agora estão a 90 minutos de comemorarem um título mundial. No caso dos italianos, o quarto de sua história - antes, haviam vencido em 1934, 1938 e 1982. Já os franceses só poderiam se sagrar bicampeões, depois de terem levantado a taça em 1998. Os dois finalistas estavam invictos na Copa, após terem disputado seis jogos cada. No caminho percorrido até a decisão, os italianos encontraram poucas dificuldades e quando se viram em apuros receberam uma "mãozinha" da arbitragem. Bem diferente foi o trajeto dos franceses, que tiveram uma primeira fase sofrível e só decolaram na Copa a partir das oitavas-de-final, graças aos lampejos de genialidade do craque Zidane. Na primeira fase, a Itália terminou na liderança do grupo E, depois de vencer Gana e República Tcheca, ambas por 2x0, e empatar com os Estados Unidos, em 1x1. Já a França penou para se classificar em uma chave teoricamente fraca. Os empates com Suíça (0x0) e Coréia do Sul (1x1) deixaram os franceses em situação complicada. A passagem às oitavas-de-final veio após a vitória suada sobre Togo, por 2x0. Os franceses ficaram na "modesta" segunda colocação. Nas oitavas-de-final, a missão italiana parecia bem mais simples do que a francesa. Mas apenas parecia. Em campo, a Azzura sofreu para eliminar a inexpressiva Austrália, por 1x0, com um gol do meia Totti, aos 48 minutos do segundo tempo, cobrando um pênalti inexistente. Já a swlwção de Zidane, teve pela frente a poderosa Espanha e, de virada, venceu por 3x1.A decepcionante Ucrânia atravessaria o caminho italiano nas quartas-de-final. Diferentemente da partida passada, a Azzurra não encontrou dificuldades e venceu por 3x0. Bem mais complicado era o obstáculo francês na terceira fase: o superfavorito Brasil. Ali, entrou em cena o "maestro" Zidane, que regeu a França a uma vitória magra, por 1x0, mas que bastou para credenciar os franceses como favoritos. Nesta partida além do crédito que se deu a Zidane, não podemos nos esquecer que em contraposição, o técnico Parreira, viu estático, sem qualquer reação a apatia de seu time, ao longo dos 90 minutos. Bem diferente do rítmo frenético de alguns dos nossos craques em noitadas de baladas. No último passo, antes da decisão, Itália e França tiveram suas "provas de fogo". Para chegarem a final, enfrentaram mais um adversário cada um. O que se pode ver no jogo decisivo de ambos os lados, foi a aposta que fizeram na solidez de suas defesas. Os italianos sofreram apenas um gol na Copa, enquanto os franceses dois.
Para a surpresa do mundo esportivo, a anfitriã Alemanha teve de se contentar em assistir a decisão entre seus maiores rivais. No dia 9 de julho de 2006, no Estádio Olimpico de Berlim, perante a uma platéia de 70 mil espectadores, Italia e França disputaram a grande decisão. No tempo regulamentar o placar não foi movimentado. Foi jogada uma prorrogação em dois tempos de 15´cada. Zidane de penalti abriu o marcador aos 7m, mas Materazzi empatou, ao assinalar um gol aos 19m., levando o jogo para a decisão em penaltis. A Italia com melhor aproveitamento fez 5 a 3, tornando-se campeã mundial pela quarta vez.

sexta-feira, julho 09, 2010

"TODAS AS COPAS" (17a.- Japão/Coréia-2002)

BRASIL GANHA O PENTA EM DOIS PAÍSES









Fotos: (1) - Cafu é o primeiro capitão mundial pentacampeão, erguendo a taça FIFA, no estádio de Yokohama, no Japão. (2)- Do satélite aparecem os dois países promotores da primeira Copa na Ásia: Japão e Coréia; (3) - Oliver Khan bate roupa e Ronaldinho oportunista confirma o penta; (4) - E a Seleção Brasileira pentacampeã mundial.








Pela primeira vez na história, uma Copa do Mundo foi disputada no Oriente e simultaneamente em dois países: Coréia do Sul e Japão. Para a 17ª edição do torneio, foram disponibilizadas 20 cidades sedes (dez em cada nação), um recorde até então. Também, pela primeira vez, os dois maiores finalistas do torneio, sete vezes cada, se enfrentaram em um Mundial e nada mais justo do que em uma decisão. Nesta, melhor para o Brasil, que com dois gols de Ronaldo, venceu a Alemanha, por 2x0, sagrando-se pentacampeão.
Destaque da decisão e artilheiro do Mundial de 2002, com oito gols, o atacante Ronaldo foi símbolo de uma Seleção que soube dar a volta por cima. O Brasil havia desembarcado no Oriente desacreditado, principalmente após a classificação “suada” à Copa, quando garantiu vaga apenas na última partida das Eliminatórias, ao bater a fraca Venezuela, por 3x0. Mas contrariando as expectativas, os brasileiros venceram os sete jogos que disputaram e conquistaram o penta, marcando 18 gols e sofrendo apenas quatro.
Com o boicote, o caminho do Uruguai rumo ao título ficou ainda mais fácil.
De fato, a Seleção não apresentou um futebol empolgante. Nisto, o técnico Luiz Felipe Scolari teve uma grande parcela de culpa, já que optou por um esquema tático extremamente defensivo, com três zagueiros e dois volantes. Para desespero do torcedor brasileiro, o treinador ainda decidiu por não convocar o atacante Romário, então uma “unanimidade” nacional. Por essas e outras, existia uma descrença quanto ao título.
Fraco tecnicamente, o Brasil estreou na Copa vencendo a Turquia, por 2x1, graças a uma “ajuda” do árbitro sul-coreano Young Joo Kim, que marcou um pênalti inexistente sobre o atacante Luizão (a falta havia acontecido fora da área). Nos dois jogos seguintes da primeira fase, diante de adversários inexpressivos, os brasileiros aplicaram duas goleadas: 4x0 sobre a China e 5x2 sobre a Costa Rica.
Líder do grupo C, o Brasil encarou a Bélgica nas oitavas-de-final e, mais uma vez, contou com um vacilo da arbitragem para vencer, neste caso por 2x0. Na seqüência, o confronto com a Inglaterra, que para muitos foi uma final antecipada da Copa. E este foi o jogo mais difícil da trajetória brasileira rumo ao penta. A vitória de virada por 2x1, gols de Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, coroou a superação canarinha.
Antes de chegar à decisão, os brasileiros ainda precisaram eliminar a Turquia, com uma vitória “magra”, por 1x0. Diante da pragmática, mas temível Alemanha, a Seleção fez sua melhor apresentação naquele Mundial, vencendo por 2x0. Coube ao capitão Cafu levantar o troféu do pentacampeonato.

quinta-feira, julho 08, 2010

"TODAS AS COPAS" (16a. Copa: França-1998)

BRASIL DÁ VEXAME:  FRANÇA É CAMPEÃ









(1) Palácio e jardins de Versalhes, nas proximidades de Paris; (2) João Havellange ex-presidente da FIFA assim se expressou ao ver o Estádio de Saint Denis: "É o mais bonito do Mundo!; (3) Contrastes: Franceses comemoram, Ronaldinho chora. De quem foi a culpa? Até hoje ninguem quiz assumir o fracasso. Só uma coisa é certa, Ronaldinho foi a única vítima até na hora de chorar; (4) Este foi o terceiro gol da França, contra o confuso Brasil: 3 x 0, placar final.







Mesmo com o status de favorito, o Brasil sofreu sua pior derrota em Copas em plena decisão do Mundial de 1998, para a França, por 3x0, e deixou escapar seu pentacampeonato. Mais do que o título, os brasileiros perderam o rumo, em uma enxurrada de “histórias mal contadas”. A última envolveu o atacante Ronaldo. Segundo a versão oficial, ele sofreu uma convulsão horas antes da final, foi examinado em uma clínica parisiense e acabou liberado para entrar em campo. Sabe-se que alguns atletas tentaram demover o técnico Zagallo da idéia de escalar o craque, o que não aconteceu. Ronaldo tinha mesmo condições para jogar? Perguntas como essa até hoje seguem sem resposta.
As “versões oficiais” da comissão técnica brasileira começaram a ser questionada antes mesmo de a bola rolar no Mundial de 1998. Há menos de dez dias da estréia, o atacante Romário, principal estrela do tetracampeonato, foi cortado do grupo, devido a uma lesão muscular na panturrilha direita. O departamento médico da Seleção, que antes havia considerado a lesão leve, disse não haver tempo hábil para recuperar o baixinho.
Aos “prantos”, Romário voltou para o Brasil, onde 15 dias depois atuava pelo Flamengo, inclusive marcando um golaço. A recuperação do atacante colocou o principal médico da Seleção, Lídio Toledo, em contradição – já que havia garantido que o baixinho passaria um longo período afastado dos gramados.
Ainda na fase de preparação, os primeiros indícios de um grupo “rachado”, mesmo que a comissão técnica brasileira tentasse passar uma outra imagem. E não demorou para que os problemas eclodissem. O sempre polêmico Edmundo acusou publicamente o meia Leonardo e o atacante Bebeto de boicota-lo. Era o sinal que faltava para o elenco ficar dividido.
Assim, o Brasil estreou naquela Copa, com uma vitória apertada sobre a Escócia, 2x1. Os gols brasileiros foram marcados por César Sampaio e Thomas Boyd (contra). Ainda na primeira fase, a Seleção venceu Marrocos, por 3x0 (Ronaldo, Rivaldo e Bebeto), e perdeu para a Noruega, por 2x1 (Bebeto). Classificado às oitavas-de-final, passou pelo Chile com facilidade, 4x1, com gols de César Sampaio (2) e Ronaldo (2).
O caminho brasileiro começou a ficar complicado a partir das quartas-de-final, quando sofreu para eliminar a Dinamarca, por 3x2, gols de Bebeto e Rivaldo (2). Nas semifinais, o Brasil garantiu seu passaporte rumo à decisão apenas nos pênaltis. Após o empate com a Holanda, em 1x1, gol de Ronaldo, a Seleção contou com o goleiro Taffarel, herói dos penâltis na conquista do tetra, para vencer por 4x2 e garantir sua segunda final de Mundial consecutiva.
Naquela decisão, que começou a ser contada com o “Mistério Ronaldo”, a França gastou a bola e impôs ao Brasil a pior derrota de sua história em Copas, 3x0, com dois gols do craque Zidane e outro de Pettit. A Seleção Brasileira fez uma partida apática, sem inspiração, por isso a derrota foi justa. No Stade de France lotado, com 75 mil torcedores, os franceses puderam, enfim, comemorar seu primeiro título mundial.

terça-feira, julho 06, 2010

"TODAS AS COPAS" (14a. Copa: Italia-1990)

 
ALEMANHA É TRI NA PIOR DE TODAS AS COPAS








Fotos: (1) Fontana de Trevi, um dos símbolos da capital italiana; (2) - Estádio Giuseppe
Meazza, mais conhecido como San Siro, em Milão, local da decisão da Copa de 90, entre Alemanha e Argentina; (3) -  Este gol de penalti assinalado pelo alemão Brehme decidiu a Copa para os alemães na partida final contra a Argentina; (4) - O belo símbolo da Copa de 90, incluindo um gramado virtual na arena do Coliseu.







Num dos Mundiais de menor nível técnico, a Alemanha conquistou seu tricampeonato, igualando-se a Itália e Brasil. Com um futebol pragmático, os alemães quebraram sua seqüência de dois “vices” consecutivos. Na decisão, venceram os algozes da última Copa, os argentinos, por 1x0, gol de Brehme, de pênalti, aos 40 minutos do segundo tempo. O título veio em um momento importante para os germânicos – um ano antes o muro de Berlim caíra, dando início ao processo de reunificação do país.
Na primeira fase, em um grupo teoricamente fácil, a Alemanha passou sem problemas, inclusive com goleadas nos dois primeiros jogos: 4x1 na Iugoslávia e 5x1 nos Emirados Árabes. Contra a Colômbia, o empate em 1x1 selou a classificação às oitavas-de-final. Daí em diante, os alemães tiveram pela frente várias paradas indigestas.
A primeira foi a Holanda, então atual campeã européia. Os alemães passaram com uma vitória “magra”, 1x0. Nas quartas-de-final, um confronto suado contra a Tchecoslováquia, 2x1. Ainda foi preciso eliminar a Inglaterra nos pênaltis, por 4x3, depois de um empate no tempo normal, em 1x1. Antes de o capitão alemão Lothar Matthaus levantar o troféu era preciso passar pelos Argentinos, e foi o que aconteceu, 1x0 na decisão.
Enquanto o mundo assistia a uma das piores Copas da história, o Brasil fazia uma de suas mais pífias campanhas no torneio. Sob o comando do técnico Sebastião Lazaroni, a Seleção enfrentava vários problemas, principalmente fora de campo. Antes mesmo de a bola rolar, os jogadores já haviam entrando em discussão com a CBF, pois discordavam do valor da premiação proposta pela entidade em caso de título.
O clima da Seleção ficou ainda pior quando o técnico Sebastião Lazaroni decidiu permitir que os jogadores recebessem visitas na concentração. A partida daí, o hall do hotel em Turim, Itália, se transformou numa passarela de “empresários da bola”. Em meio a disputa da Copa do Mundo, vários atletas negociavam suas transferências de clube.
As inovações do técnico Sebastião Lazaroni não pararam por aí. Dentro de campo, optou pelo esquema 3-5-2, o mesmo utilizado por seleções européias. Na primeira fase, mesmo com um fraco futebol, o Brasil venceu os três jogos, todos pela vantagem mínima: 2x1 na Suécia, gols de Careca (2), 1x0 na Escócia, gol de Muller, e 1x0 na Costa Rica, de novo gol de Muller.
Nas oitavas-de-final, uma “pedreira”: a Argentina de Maradona. E foi dos pés do craque argentino que surgiu o gol que eliminou o Brasil daquele Mundial. O atacante Cannigia foi o autor do tento. A derrota por 1x0 deu fim ao sonho do tetracampeonato.

segunda-feira, julho 05, 2010

"TODAS AS COPAS" (13a. Copa: México-1986)

ARGENTINA CONQUISTA O BICAMPEONATO







Fotos: (1) - A cidade do México à noite. (2)- Estádo Azteca engalanado para a grande final: Argentina 3 x 2 Alemanha; (3) e (4)- Maradona o herói dessa Copa, comemorando o titulo que ele havia selado neste decisivo, 3° gol.









Se havia uma seleção que merecia conquistar o título mundial em 1986, esta era a Argentina, que em campo tinha Maradona, então com 25 anos. Sua importância era tanta, que dos 14 gols marcados pelos argentinos no torneio, o meia participou diretamente de dez (fez cinco e deu assistência para outros cinco). O prêmio de craque da Copa, dado a ele pela Fifa, foi a reverência máxima ao mito que nascia.
Em seu grupo não tão difícil, a Argentina conseguiu passar ilesa pela primeira fase, com duas vitórias (3x1 na Coréia do Sul e 2x0 na Bulgária) e um empate (1x1 com a Itália). Nas oitavas e quartas-de-final, duas “pedreiras”. Primeiro precisou passar pelo Uruguai, com “magro” 1x0, depois pela Inglaterra, 2x1. Neste jogo, um dos mais incríveis da história dos Mundiais, Maradona usou a “mão de Deus” para abrir o placar - pelo menos foi assim que ele explicou o gol feito com a mão, não anulado pelo árbitro Ali Bannaceu, da Tunísia. Depois ampliou o marcador em uma jogada antológica, na qual deixou seis jogadores ingleses pra trás.
Antes de chegar à final, os argentinos ainda tiveram que passar pela Bélgica, 2x0, com gols de Maradona. Pela frente na decisão, o pragmatismo da Alemanha. A vitória por 3x2 coroou uma campanha impecável da Argentina, bicampeã mundial. Na decisão, o árbitro foi o brasileiro Romualdo Arppi Filho.
E pensar que o Mundial que consagraria Maradona esteve ameaçado, por duas vezes, de não acontecer. Primeiro, quando a Colômbia, que havia sido escolhida para sediar o torneio, disse não ter estrutura e segurança adequadas para receber a competição. Depois, quando um terremoto destruiu parte do México, às vésperas da Copa, matando mais de 20 mil pessoas.
Para o Brasil, desta vez o México não deixou boas recordações, assim como aconteceu em 1970, quando os brasileiros sagraram-se tricampeões mundiais. Com problemas fora de campo, a Seleção não engrenou.
Na primeira fase, mesmo com um futebol abaixo da crítica, o Brasil conquistou três vitórias (1x0 na Espanha, 1x0 na Argélia e 3x0 na Irlanda do Norte). Depois passou com facilidade pela Polônia (3x0), nas oitavas-de-final.
Mas a eliminação viria em seguida, nas quartas-de-final. O Brasil perdeu nos pênaltis para a França, por 4x3. No tempo normal, empate em 1x1. Porém, os brasileiros lamentam terem desperdiçado um pênalti, através de Zico, nos minutos finais da partida. A Seleção terminou o torneio na quinta colocação.

domingo, julho 04, 2010

"TODAS AS COPAS" (12a. Copa: Espanha-1982)

Na ESPANHA, ÍTÁLIA ganha o Tri, sem dar olé!









Fotos: (1) - Tourada um dos símbolos e orgulho inexpicável do religioso povo espanhol; (2)- Um dos símbolos dessa religiosidade do povo espanhol: A igreja surrealista da "Sagrada Família", em Barcelona, cuja construção foi iniciada em 1882 por Gaudi e até hoje não concluída; (3) - Estádio Santiago Bernabeu (Madrid) à esq. palco da decisão: Itália x Alemanha; (4) - Paolo Rossi (0 salvador da Itália), marca na partida final, o gol que garantiu aos italianos o tricampenato. Para muitos a grande final aconteceu antes: Itália 3 x Brasil 2.








Na Copa da Espanha foi escrita uma das maiores injustiças da história do futebol. Na tarde do dia 5 de julho de 1982, o Brasil foi eliminado do torneio pela Itália, ao perder por 3x2, após encantar o mundo com seu “futebol arte”. Comandados pelo mestre Telê Santana, craques do quilate de Zico, Sócrates, Falcão e Júnior não mereciam outro resultado que não o título, mas quis o destino que os italianos, considerados azarões, conquistassem o seu tricampeonato sem dar olé! Restou ao escrete canarinho, o quinto lugar.
Na partida que selou a eliminação brasileira ainda na segunda fase, brilhou a estrela do desacreditado Paolo Rossi, que voltava ao futebol após dois anos suspensos por envolvimento na máfia da loteria esportiva italiana. O atacante marcou os três gols da Itália e ainda terminou como artilheiro do Mundial, com seis tentos. Os gols brasileiros, naquela fatídica tarde, foram de Falcão e Sócrates.
Antes de encarar os italianos, o Brasil havia disputado e vencido quatro jogos, marcado 13 gols e sofrido apenas três. Na primeira fase, passou pela URSS (2x1), Escócia (4x1) e Nova Zelândia (4x0). Depois, a Copa lhe reservava uma espécie de “triangular da morte”, junto a Argentina e Itália.
Contra os argentinos, uma vitória brasileira convincente, por 3x1, com gols de Zico, Serginho Chulapa e Júnior. Depois, o Brasil iria chorar no fatídico 5 de julho de 1982.
Os italianos prosseguiram na competição e “despacharam” nas semifinais a Polônia, com uma vitória por 2x0. Novamente, brilhou a estrela de Paolo Rossi, que marcou os dois gols italianos.
Na outra semifinal, mais uma injustiça do Mundial de 1982. A França era eliminada pela Alemanha, em uma das partidas mais emocionantes da história das Copas. Após o empate no tempo normal, em 1x1, os franceses, liderados por Michel Platini, colocaram dois gols de vantagem, mas permitiram um novo empate alemão, 3x3. Nos pênaltis, melhor para os germânicos.
As ausências de Brasil e de França na decisão da Copa de 1982 foi a derrota provisória do “futebol arte”. Em detrimento ao talento, a final abriu espaço para duas seleções pragmáticas, obedientes taticamente, mas fracas no quesito técnico. A vitória por 3x1, sobre a Alemanha, com mais um gol de Paolo Rossi, deu a Itália o tricampeonato mundial, feito conquistado, até então, apenas pelo Brasil. O árbitro da final foi o brasileiro Arnaldo César Coelho, hoje comentarista esportivo.
O Mundial de 1982 ficou marcado pelo aumento no número de seleções classificadas, de 16 para 24.
Outro fato relevante foi a distribuição global das vagas, permitindo que cada continente pudesse ter pelo menos um representante.

sábado, julho 03, 2010

"TODAS AS COPAS" (11a. Argentina-1978)


ARGENTINA GANHA SUA COPA FORA DOS GRAMADOS






Fotos: (1) O festivo Estádio Monumental de Nuñes, nos momentos que precederam a grande decisão; (2) O Obelisco, cartão postal da capital portenha, bem no centro da avenida 9 de Julho, a mais larga do mundo; (3) O gol que deu a Argentina o seu primeiro título mundial ao derrotar a poderosa Holanda na prorogação, e (4) A festa dos argentinos em pleno gramado, ostentando o troféu FIFA.








Depois de disputar a final em 1930, a Argentina teve que esperar quatro anos para ganhar a Copa do Mundo FIFA, o que finalmente aconteceu em 1978, quando jogou em casa. Na final, o apoio dado ao time contribuiu para derrotar a Holanda, que não pode contar com Cruyff, que se negou a viajar para a Argentina devido à situação política.
A Argentina foi derrotada pela Itália na primeira fase de grupos, mas se recuperou e chegou à final após dar uma lavada de 6 a 0 no Peru.
Os argentinos não precisavam do elemento extra-campo para ganhar seu primeiro titulo mundial, pois sempre contaram com a grande qualidade do seu futebol e excelentes craques ao longo de sua história, como em 78, que conseguiram reunir jogadore de qualidade como, Daniel Passarella, Osvaldo Ardiles e Mario Kempes, o artilheiro com 6 gols. Na final, derrotaram os holandeses por 3 a 1 na prorrogação.
Raras vezes o vice-campeão de uma Copa do Mundo, gerou tantas polêmicas, que foram surgindo ao longo da décima primeira edição do campeonato, sediado na Argentina. Na verdade, o futebol em si ficou em segundo plano, pois as autoridades debateram se o torneio seria ou não boicotado em protesto ao regime totalitário do General Videla e de suas violações aos direitos humanos. Finalmente, apesar de uma grande campanha contra, todas as nações futebolísticas do mundo viajaram para a Argentina. Todas exceto aquelas que não se classificaram, como a Inglaterra (pela segunda vez consecutiva), a Iugoslávia e a União Soviética. Outros países com menos tradição no esporte, como o Irã e a Tunísia, estrearam, e a França voltou à competição depois de doze anos de ausência.

A COPA QUE A ARGENTINA GANHOU NOS BASTIDORES. A (des)organização do Mundial ficou ao encargo dos militares que chegaram a irrigar o gramado com água do mar antes da partida final. Devido ao atraso nas obras e a situação política que vivia o país, João Havelange, presidente da FIFA queria mudar a sede do mundial, mas voltou atrás na decisão. Anos mais tarde, com a saída dos militares do poder, denúncias foram feitas envolvendo a FIFA e o governo argentino. Mas o caso mais notório do mundial de 78 envolvia o goleiro Quiroga, da seleção peruana: o jogador foi acusado de favorecer a Argentina nas semifinais da Copa. A seleção argentina precisava ganhar de mais de 4 gols de diferença para superar o saldo de gols do Brasil e passar às finais da competição. A Argentina fez seis gols e eliminou o Brasil que acabou em 3º lugar invicto, sendo considerado o campeão moral. O jogo Argentina e Peru foi marcado para depois do jogo Brasil e Polônia o que é inconcebível numa competição do porte de uma Copa do Mundo, já que um jogo interferia no resultado do outro.
Na final, os Argentinos venceram, na prorrogação e com gols de Kempes e Bertoni. A Holanda perdeu de maneira duvidos com já acontecido na Alemanha a sua segunda chance consecutiva de ganhar mundial com amplos méritos.
As principais classificações: Campeã: Argentina, (com uma derrota); 2a. colocada a Holanda; 3º Brasil (sem nenhuma derrota) e 4º: Itália.

sexta-feira, julho 02, 2010

"TODAS AS COPAS" (10a. Copa: Alemanha-1974)

CARROSSEL HOLANDÊS SE RENDE AO FUTEBOL FORÇA PERDE O FUTEBOL, GANHA A ALEMANHA !









Fotos: (1) - O hoje extinto Estádio Olímpico de Munique, que presenciou a decisão da Copa-74; (2) - Um dos símbolos da bela Alemanha, o Castelo Neuschwanstein; (3) - O gol que deu o título a Alemanha, ao vencer a Holanda por 2 x 1; (4) -O impecável capitão alemão, Franz Beckenbauer ergue o novo troféu FIFA, que substitui a Jules Rimet, ganha em definitivo pelo Brasil ao conquistar tricampeão em 1970 no México.




Nem mesmo a derrota na decisão tirou o brilho da Holanda no Mundial de 1974. Em sua segunda participação em Copas, a Laranja Mecânica encantou os amantes do futebol com um esquema tático moderno, no qual nenhum jogador tinha posição fixa. Implantado pelo lendário técnico Rinus Michels, o sistema ganhou o nome de “Carrossel Holandês”. A derrota na decisão do Mundial para os anfitriões, os alemães, por 2x1, impediu que craques do quilate de Johan Cruyff, Neeskens, Rep e Rensenbrink se sagrassem campeões do mundo. Pior: o insucesso diante do pragmatismo da Alemanha Ocidental colocou em xeque a competitividade do futebol arte praticado pelos holandeses.
A Copa de 1974 teve um sistema de disputa diferente, com a primeira e a segunda fase sendo realizada no formato de quadrangulares. Esta não foi a única novidade daquele Mundial. O troféu a ser entregue ao campeão não seria mais o tradicional Jules Rimet (conquistado definitivamente pelo Brasil em 1970), e sim o “Copa do Mundo da Fifa”, uma estatueta de 37 cm, esculpida em ouro pelo artista italiano Silvio Gazzaniga e orçada em R$ 157 mil (valor atual).
Outra mudança daquele Mundial aconteceu no comando da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa). O brasileiro João Havelange havia assumido a presidência em 1974, tornando-se o primeiro não-europeu a ocupar o cargo.
Enquanto um brasileiro comandava o futebol mundial, a Seleção decepcionava em gramados alemães, depois de chegar ao torneio com status de favorita ao título. Ainda sob o comando de Zagallo, o escrete canarinho terminou a Copa na quarta colocação.
Na primeira fase, o Brasil sofreu para se classificar, o que só aconteceu na última rodada, quando venceu o Zaire, único representante africano na competição, por 3x0, gols de Jairzinho, Rivellino e Valdomiro. Antes havia empatado sem gols com Iugoslávia e Escócia.
As vitórias sobre Alemanha Oriental (1x0) e Argentina (2x1) deram a falsa impressão de que o Brasil poderia brigar novamente pelo título. Mas antes precisaria passar pela poderosa Holanda, o que não aconteceu. A Seleção perdeu por 2x0. Restou então a disputa do terceiro lugar com a Polônia, que impôs mais uma derrota ao escrete canarinho, 1x0.
A decisão do Mundial de 1974 colocou frente a frente duas escolas de futebol distintas: a da Holanda, que prezava pelo dinamismo de seu “Carrossel”, e a da Alemanha, que acreditava na obediência tática e na força física para conquistar títulos. Naquele jogo, melhor para os alemães, que venceram de virada, por 2x1, se sagrando bicampeões em Munique, diante de sua torcida.
Classificação do Brasil na Copa-74: 4º lugar.

quinta-feira, julho 01, 2010

"TODAS AS COPAS" (9a. Copa: México-1970)


O TRI, PARA A MELHOR <SELEÇÃO> DE TODOS OS TEMPOS !








Fotos (1) O festivo Estádio Azteca no tarde em que o Brasil conquistou o tri; (2) O símbolo do México: A pirâmide de Yucatan, recentemente eleita entre as sete maravilhas do Mundo Moderno - (3) A melhor seleção brasileira de todos os tempos; e (4) - O quarto gol do Brasil (marcado pelo capitão Carlos Alberto) fechando a goleada de 4 a 2, sobre a Italia.






Houve três grandes ganhadores na Copa do Mundo da FIFA de 1970: Os brasileiros, por a vencerem pela terceira vez depois repetirem 58 e 62; O rei Pelé, por jogadas spetaculares que ficarão nos anais da Copa; e o próprio futebol, pela qualidade de algumas partidas e a vibração do torcedor mexicano.
Aqueles que tinham ficado insatisfeitos com a qualidade apresentada na Copa de 1966, não tiveram do que reclamar: Na Copa do México ressurgiu o verdadeiro futebol. Quatro das melhores partidas de todos os tempos foram disputadas em 1970: Inglaterra x Brasil, Inglaterra x Alemanha, a semifinal Itália x Alemanha, e a grande final: Brasil x Itália. Nessa decisão, os brasileiros, com a melhor equipe de todos os temos, venceram por 4 a 2, conquistando Copa Jules Rimet em definitivo, contando com um ataque invejável formado por Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino. Nesta nona Copa, o número de nações participantes bateu um novo recorde: 75 seleções disputaram as eliminatórias, e muitas seleções tradicionais foram eliminadas, ntre elas: Portugal, Hungria, França, Espanha e até a Argentina. No entanto, Israel e Marrocos fizeram suas estréias.
A copa do México teve uma das mais disputadas semifinais de sua história: Itália x Alemanha, disputaram uma partida eletrizantes. Após os 90 minutos, o resultado ficou em 1 a 1. O que aconteceu na prorrogação entrou para a história do futebol: os dois times ficaram à frente no placar em diferentes momentos, numa luta de gigantes. Franz Beckenbauer permaneceu em campo mesmo com o ombro deslocado e com uma tipóia amarrada no braço. Sua bravura, porém, não foi suficiente, e os italianos ao virarem o jogo (4 a 3), garantiram presença na grande final. Essa partida desgastou muito a Squadra Azzurra, que só consguiu equilibrar o primeiro tempo, no jogo contra o Brasil. Na etapa derradeira os italianos não conseguiram suportar a qualidade superior e o excelente preparo físico dos brasileiros, e acabaram sucumbindo pelo placar elástico de 4 a 1. Após o apito do árbitro, Carlos Alberto, capitão do Brasil, subiu ao pódio para receber a taça Jules Rimet. Pelé, com lágrimas nos olhos, foi triunfalmente carregado nos ombros de seus companheiros. Ele não só conquistou sua terceira medalha mundial, mas também disputou sua última partida em uma Copa.
Países melhores classificados: Campeão: Brasil; Itália, em 2º; Alemanha Oc, em 3º e Uruguai, em 4º.

quarta-feira, junho 30, 2010

"TODAS AS COPAS" (8a. Copa: Inglaterra-1966)

INGLATERRA CAMPEÃ CHARMOSA, MAS SEM BRILHO









Fotos: (1) Depois de um empate de 2 a 2, no tempo normal, os donos da casa fizeram mais dois gols e chegaram ao placar definitivo de 4 a 2, incluindo este gol, que provocou a prorrogação. Até hoje, nem este repórter que estava há poucos metros do lance, e nem mesmo o videoteipe podem confirmar se a decisão do árbitro foi correta. Certeza mesmo, é que essa decisão acabou salvando o English Team!; (2) Momento solene em que o capitão Bobby Moore, recebe das mãos da Rainha Elizabeth II a Taça Jules Rimet; (3) O ex-templo do futebol mundial, o Estádio de Wembley, recentemente demolido; e (4) Dois símb0los da capital britânica: A Casa do Parlamento e o Big Ben.







Finalmente chegou o ano de 1966, e com ele a Copa da Inglaterra, que se auto-intitula inventora do futebol. O torneio, disputado por 16 seleções, ficou manchado pelo baixo nível técnico, pela violência em campo e pela suspeita de que a arbitragem favoreceu os ingleses, que se sagraram campeões mundiais, após uma “ajudinha” do árbitro Gottfried Dienst, da Suíça, na decisão contra a Alemanha.
Na Inglaterra, o Brasil fez sua segunda pior campanha na história dos Mundiais. Com um time formado a base de veteranos de 1958 e 1962, a Seleção terminou eliminada ainda na primeira fase, terminando em 11ª colocação – em 1934, havia sido pior: em 14º.
Com seus dois “imortais” em campo, o Brasil estreou vencendo a Bulgária, por 2x0, com gols deles: Pelé e Garrincha. Após a partida, os brasileiros lamentaram a violência dos búlgaros, que tiraram o “Rei” do jogo e do confronto contra a Hungria, pela segunda rodada da primeira fase.
Pelé fez falta diante dos húngaros, que venceram por 3x1. O gol brasileiro foi marcado pelo franzino Tostão, que disputava sua primeira Copa. O placar foi o mesmo da derrota para Portugal, que selou a eliminação brasileira. Contra os lusos, o “Rei” estava de volta ao time, mas foi novamente “caçado impediosamente” em campo e pouco pôde fazer. Rildo foi o autor do último tento verde-amarelo no Mundial de 1966.
Portugal, que eliminou o Brasil, foi a sensação do Mundial. Em sua estréia em Copas, os portugueses terminaram na terceira colocação - foram eliminados na semifinal pelos ingleses. Restou aos lusos, o título de melhor ataque do torneio: 15 gols, e o artilheiro da competição: Eusébio, que balançou as redes nove vezes.
A Inglaterra, que viria a sagrar-se campeã mundial, tinha um time pragmático e fraco tecnicamente, mas contou com o apoio de sua torcida e com uma arbitragem tendenciosa para chegar ao título. Vitórias “magras” marcaram a campanha dos ingleses até a final. A decisão frente à Alemanha foi bastante equilibrada. No tempo normal, a partida terminou empatada em 2x2 e foi à prorrogação. Aos 11 minutos do tempo extra, aconteceu os lance mais polêmico de todas as Copas: o atacante inglês Hurst chutou, a bola bateu no travessão e caiu sobre a linha. Para desespero dos alemães, o árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol inexistente. O próprio Hurst ainda viria a marcar mais uma vez naquele tempo extra, fechando a decisão em 4x2 para a Inglaterra. Coube ao capitão Bobby Moore receber o troféu das mãos da Rainha Elizabeth II.
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