Dissidente chinês recebe Prêmio Nobel da Paz; Pequim reage e nega acesso
O dissidente chinês Liu Xiaobo, 54 (foto) foi agraciado na última sexta-feira com o Prêmio Nobel da Paz devido à sua atuação em defesa dos direitos humanos. O anúncio gerou pronta e dura reação da China, que qualificou a decisão de uma "blasfêmia". "Liu Xiaobo é um criminoso sentenciado pela Justiça chinesa por violar as leis da China", disse a Chancelaria em Comunicado. "A decisão é completamente contrária ao próprio espírito do prêmio e é uma blasfêmia ao Nobel da Paz."
CRÍTICA
Não só o governo chinês foi contrário a premiação, mas muitos ativistas políticos chinêses criticaram a decisão do comitê do Nobel, afirmando que outros dissidentes mereciam o prêmio mais do que ele.
Para Wei Jingsheng, que passou cerca de 20 anos na prisão pela atuação pró-democracia no país, afirma que Liu é um moderado que quer colaborar com o governo chinês e por várias vezes já fez críticas a outros opositores que propõem mudanças mais profundas do que as defendidas pelo Nobel da Paz. "Na opinião de muitos que estiveram no massacre da Paz Celestial, houve muitos que tiveram uma participação muito mais clara do que Liu. Embora, até hoje, seu nome e destino continuam ignorados o grande herói da resistência foi este jovem da (foto abaixo) ao se colocar a frente-a-frente de quatro blindados.
Nosso mundo já se acostumou a lembrar alguns heróis, os responsáveis por conquistas diretas e também por manter acesa dentro de nós a chama da fé. Mas só alguns marcaram politicamente e socialmente bem mais do que uma geração com seus atos e palavras.
Há 20 anos, porém, nascia a história de um herói anônimo. Um homem desarmado que munido apenas de sua fé foi capaz de intimidar um soldado treinado para causar dor e morte. Ao se postar a frente do blindado na Praça da Paz Celestial, aquele chinês mostrou ao mundo a força de sua coragem. Ele não agrediu, não jogou pedras no tanque, apenas ficou diante dele, recusou se curvar diante da tirania da ditadura comunista. Deu uma lição que não pode ser esquecida. Dizem algumas fontes locais que o militar, piloto do tanque, teria sido fuzilado naquela noite. Já o nosso herói continua anônimo, alguns dizem que morreu também, outros que está exilado. Eu prefiro acreditar que ele ainda está lá, como um eterno símbolo revolucionário que inflama os espíritos de seu povo.
O dissidente chinês Liu Xiaobo, 54 (foto) foi agraciado na última sexta-feira com o Prêmio Nobel da Paz devido à sua atuação em defesa dos direitos humanos. O anúncio gerou pronta e dura reação da China, que qualificou a decisão de uma "blasfêmia". "Liu Xiaobo é um criminoso sentenciado pela Justiça chinesa por violar as leis da China", disse a Chancelaria em Comunicado. "A decisão é completamente contrária ao próprio espírito do prêmio e é uma blasfêmia ao Nobel da Paz."
CRÍTICA
Não só o governo chinês foi contrário a premiação, mas muitos ativistas políticos chinêses criticaram a decisão do comitê do Nobel, afirmando que outros dissidentes mereciam o prêmio mais do que ele.
Para Wei Jingsheng, que passou cerca de 20 anos na prisão pela atuação pró-democracia no país, afirma que Liu é um moderado que quer colaborar com o governo chinês e por várias vezes já fez críticas a outros opositores que propõem mudanças mais profundas do que as defendidas pelo Nobel da Paz. "Na opinião de muitos que estiveram no massacre da Paz Celestial, houve muitos que tiveram uma participação muito mais clara do que Liu. Embora, até hoje, seu nome e destino continuam ignorados o grande herói da resistência foi este jovem da (foto abaixo) ao se colocar a frente-a-frente de quatro blindados.
Nosso mundo já se acostumou a lembrar alguns heróis, os responsáveis por conquistas diretas e também por manter acesa dentro de nós a chama da fé. Mas só alguns marcaram politicamente e socialmente bem mais do que uma geração com seus atos e palavras.
Há 20 anos, porém, nascia a história de um herói anônimo. Um homem desarmado que munido apenas de sua fé foi capaz de intimidar um soldado treinado para causar dor e morte. Ao se postar a frente do blindado na Praça da Paz Celestial, aquele chinês mostrou ao mundo a força de sua coragem. Ele não agrediu, não jogou pedras no tanque, apenas ficou diante dele, recusou se curvar diante da tirania da ditadura comunista. Deu uma lição que não pode ser esquecida. Dizem algumas fontes locais que o militar, piloto do tanque, teria sido fuzilado naquela noite. Já o nosso herói continua anônimo, alguns dizem que morreu também, outros que está exilado. Eu prefiro acreditar que ele ainda está lá, como um eterno símbolo revolucionário que inflama os espíritos de seu povo.
Finalmente o dissidente chinês Liu Xiaobo - laureado com o Nobel da Paz 2010 na última semana, tomou conhecimento do premio, no domingo quando sua mulher foi autorizada a fazer-lhe o comunicado. Liu num gesto generoso e de reconhecimento, dedicou seu prêmio às vítimas da praça de Tiananmen, segundo a ONG Human Rights in China.
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