Teoria propõe uma nova visão do centro da TerraHá anos que os cientistas sabem que os continentes vagam pela superfície da Terra como icebergs no oceano. Mas o que acontece profundamente abaixo de nossos pés? Uma nova teoria propõe cemitérios de continentes e um ciclo de vida similar ao clima. O pesquisador Maruyama Shigenori, do Japão, é um colecionador apaixonado que já reuniu cerca de 160.000 minerais. Ele também é um dos principais geofísicos do mundo. Seus artigos acadêmicos estão entre os mais citados no campo, e seus trabalhos são encontrados em muitas bibliotecas.
Ainda assim, apesar de seu amplo reconhecimento, este pesquisador japonês com mais de 50 anos, provoca controvérsias continuamente no mundo acadêmico, com suas hipóteses ousadas. Atualmente, ele está agitando as coisas com uma nova teoria fascinante sobre o ciclo de vida na crosta terrestre. Maruyama está basicamente levando as idéias de Alfred Wegener ao próximo nível. Wegener era um explorador e meteorologista alemão que em 1912, disse acreditar que os continentes vagavam pela superfície da Terra. Hoje, toda criança aprende na escola que os continentes são placas enormes à deriva no manto quente da Terra, como icebergs no oceano. Essa hipótese, entretanto, ainda não conta com uma fundação lógica e convincente. Ninguém foi capaz de explicar a mecânica de fato por trás do movimento e a quebra das placas continentais. O interior da Terra continua mergulhado em mistério. Como a perfuração profunda pára depois de 12 km, os outros 6.300 km até o centro da Terra continuam inacessíveis. Os pesquisadores acabam fazendo o papel de viajantes de poltrona, que contam uma viagem de Nova York à Patagônia, mas de fato só conhecem o caminho até Nova Jersey. Ainda assim, Maruyama está convencido que compreende o que acontece abaixo de nossos pés: "A deriva continental que observamos na superfície da Terra tem sua contraparte no manto terrestre", explica o professor, gesticulando com os braços para demonstrar o destino dos continentes."Placas velhas e frias são empurradas para o manto da Terra nas margens continentais", explica. "Neste ponto, elas adquirem grande quantidade de ferro. Você pode imaginar algo similar à condensação da água." Pesadas pelo ferro, as placas afundam cada vez mais na rocha quente e derretida, até que atingem o sepulcro do manto da Terra. Ali, a uma profundidade de 2.900 km, elas finalmente param sua decida e acomodam-se em "cemitérios de placas". Este é presumivelmente o limite externo do centro da Terra, onde a temperatura é de 4.000 graus Celsius. O geofísico então pinta um retrato tridimensional do planeta Terra em que, além dos continentes vagando na superfície, há espaço para uma "tectônica anti-placa" na base do manto terrestre. Uma "anti-crosta" profunda abaixo reflete em certo grau eventos na superfície, com "lagos" e "montanhas" e "rios" de rocha viscosa derretida. Eventualmente, o fluxo ascendente de rocha derretida atinge a crosta cristalizada e corta-a como uma solda. Os vulcões se formam como o Tungurahua (foto) localizado em Baños, Equador, que expele gás e rochas. Para Maruyama a lava quente vermelha vem diretamente de um cemitério de placa velha a 2.900 km abaixo da superfície, onde os restos de um antigo continente que se quebrou há 750 milhões de anos volta a superfície. Sua teoria postula a incrível história de retorno da rocha antiga das profundezas.
Enquanto conecta os pontos entre a astronomia e as ciências da vida, surge uma imagem ampla que engloba planetas inteiros, que agora parecem super-organismos vivos. Ele acredita que a expansão do estudo das ciências da vida até o centro de nosso mundo e as profundezas do espaço ajudará a encontrar parentes distantes de nossa própria Terra, planetas que poderão também sustentar a vida.
Enquanto conecta os pontos entre a astronomia e as ciências da vida, surge uma imagem ampla que engloba planetas inteiros, que agora parecem super-organismos vivos. Ele acredita que a expansão do estudo das ciências da vida até o centro de nosso mundo e as profundezas do espaço ajudará a encontrar parentes distantes de nossa própria Terra, planetas que poderão também sustentar a vida.
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