CAOS NO TRÂNSITO DE SÃO PAULO, TEM SOLUÇÃO?
São Paulo está entupida de veículos. Mas ainda há espaço para
se minorar a situação? As estatísticas
são apavorantes, e é sobre elas que vamos falar. Para isso, vamos usar a projeção
da FOLHA, a partir de dados da ANTP (Associação Nacional de Transportes
Públicos). Se todos
os carros de São Paulo fossem à rua ao
mesmo tempo ocupariam o dobro das vias da maior cidade do País. Mas como podemos minorar esta situação? Para os analistas citados é possível. Mas como? Com Protestos e iniciativas do poder público podem criar instrumentos
para fazer o transporte público avançar. Não é só São Paulo que convive com a
explosão do número veículos, mas a sua
população é a mais sofrida. Para se ter uma ideia, para obter espaço, São Paulo
precisaria mais que duplicar a área de ruas.
Se todos os veículos circulassem ao mesmo tempo, a área ocupada por todos eles em movimento é de 445,3 Km². A área atual das ruas de SP é de 170 Km². Atente para
o número atual de todos os tipos de veículos: Caminhões:148.297x90m² = 13 Km²; Motos: 984 milx45m² =
44 Km²; Micro-ônibus e Pick-ups: 841 mil
= 63 Km²; Carros: 5.405,423x60m²= 324 km²; Ônibus: 15.000x90m² = 324
Km². Um passageiro de carro ocupa 40 vezes mais espaço do que o do ônibus. Veja o porque:
Ônibus básico: (75 passageiros) e Carro 50 m² (1,2 passageiro*). IMAGINE ESTE ABSURDO:Se todos os
veículos saíssem às ruas de São Paulo ao mesmo tempo, circulando a 40 km/h, a
cidade precisaria mais do que duplicar os 170 mil quilômetros de ruas
existentes. Se os 5,4 milhões de carros
fossem estacionados em fila indiana, ela alcançaria 27 mil quilômetros – Três vezes
a extensão de todo o litoral brasileiro. HÁ SOLUÇÃO PARA ESSE
CAOS? Sim! Avalie como: A pressão das ruas produziu uma cadeia de fatos
novos, num ritmo inédito nas políticas públicas. Nunca se anunciou tantos investimentos em transporte público. O governo
federal passou de um gasto efetivo de
R$ 2 bilhões este ano, para uma previsão de investimentos de R$ 50 bilhões nos
próximos quatro anos. O
governo paulista deve investir R$ 45
bilhões no período 2012-2015. Já os gastos previstos da prefeitura nessa área
serão de R$ 11,6 bilhões entre 2014 e 2017. O grande dilema é como diminuir o
fosso que separa o conforto do automóvel
da vida de gado do ônibus para atrair os donos de carros para o
transporte público. A Prefeitura de São Paulo escolheu um tratamento de choque
para tentar resolver o dilema. Criou em sete meses 224 quilômetros de
faixas exclusivas de ônibus. Só essa
mudança praticamente dobrou a velocidade dos ônibus de 13 para 25 km por hora.
Já é um caminho. Você observou acima nos itens Carros e ônibus, duas
gritantes contradições, certamente em função de favorecimentos. Vamos citar apenas um entre tantos exemplo: Dilma acionou o besteirol
palaciano depois que seu antecessor, Lula, entupiu as cidades brasileiras com
milhões de carros novos, frota que chegou às ruas nas reticências da redução de
IPI, estratégia palaciana para combater os efeitos colaterais da crise econômica,
mas que acabou se transformando em acelerador do endividamento familiar, da
inadimplência e aumento da saturação das vias públicas. Mas o sucesso só será alcançado se todos tiverem o mesmo objetivo.
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