Saiba que raios mudam vidas e até
a história Recorde brasileiro de incidência de descargas elétricas é mote para documentário do Inpe (Giovana Girardi - O Estado de S.Paulo)
Tudo sobre o tema
será relatado no documentário Fragmentos da Paixão, que estreia no próxima dia
11 - tomando apenas fatos reais, com este: No feriado dos mortos
de 1959, no meio de um temporal, um grupo de 15 pessoas se abrigou debaixo de
uma árvore que foi atingida por um raio. A descarga, que partiu a árvore ao
meio, matou Eva Bierling, de 20 anos, na hora e feriu outras 11 pessoas.
O
pesquisador Osmar Pinto Jr., coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica
(Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e a filha, Iara Cardoso,
para a composição do filme, escrito e dirigido por ela.A pesquisa, que durou três anos, levou o geofísico a uma dramática
conclusão: 85% das mortes por raio no País poderiam ser evitadas. "O problema
é que as pessoas se colocam em risco por falta de informação. A probabilidade
média de acidentes do País faz as pessoas subestimarem o risco de serem
atingidas. Mas a chance passa a ser muito maior num lugar descampado. Sobe para
1 em cem", alerta o pesquisador. Novembro é um período de muita
tempestade, a zona leste da cidade de São Paulo, é a região com maior
incidência de raio, Num lugar muito aberto, as pessoas habitualmente correm
para debaixo de árvore quando começa a chuva.
O Brasil é recordista mundial em queda de raios, com 50 milhões por ano e 130 mortes. Para Pinto Jr., esse número só vai diminuir com mais conscientização - e talvez com um pouquinho de medo. "O filme não é dramático, mas serve para alertar. “Eu mesmo, que nunca tive medo de raio, fiquei com um pouquinho depois de conversar com tanta gente", conta. O filme mostra a jornada do pesquisador em busca de responder a uma pergunta: os raios podem mudar a vida de uma pessoa? Para isso, ele viajou por São Paulo, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul atrás de casos pessoais e fatos históricos do País ligados às descargas elétricas e recomenda: "A melhor maneira de se proteger é ficar num carro fechado", fugir das árvores. Lição que a duras penas aprendeu Mario Vechio, último sobrevivente do incidente de 1959. Então com 23 anos, diante da chuva, fez o que todo mundo estava fazendo, e foi para debaixo da árvore. "Um clarão, um estrondo, e de repente todo mundo estava no chão, alguns se debatendo. Tentei levantar, mas não tinha força e caía de novo. Mas dei sorte, nada aconteceu. Hoje não tenho medo, mas não corro mais para debaixo de árvore."
O Brasil é recordista mundial em queda de raios, com 50 milhões por ano e 130 mortes. Para Pinto Jr., esse número só vai diminuir com mais conscientização - e talvez com um pouquinho de medo. "O filme não é dramático, mas serve para alertar. “Eu mesmo, que nunca tive medo de raio, fiquei com um pouquinho depois de conversar com tanta gente", conta. O filme mostra a jornada do pesquisador em busca de responder a uma pergunta: os raios podem mudar a vida de uma pessoa? Para isso, ele viajou por São Paulo, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul atrás de casos pessoais e fatos históricos do País ligados às descargas elétricas e recomenda: "A melhor maneira de se proteger é ficar num carro fechado", fugir das árvores. Lição que a duras penas aprendeu Mario Vechio, último sobrevivente do incidente de 1959. Então com 23 anos, diante da chuva, fez o que todo mundo estava fazendo, e foi para debaixo da árvore. "Um clarão, um estrondo, e de repente todo mundo estava no chão, alguns se debatendo. Tentei levantar, mas não tinha força e caía de novo. Mas dei sorte, nada aconteceu. Hoje não tenho medo, mas não corro mais para debaixo de árvore."
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