CLASSE MÉDIA BRASILEIRA JÁ VIVE NA PENÚRIA
Produtos e serviços com elevação de
preços maior que a inflação oficial destroem o poder de compra e obrigam
milhões de brasileiros a mudar os hábitos de consumo
Enquanto a crise econômica não chega ao bolso das pessoas, elas tendem a
achar que os problemas anunciados pelos especialistas não passam de
miragem. O PIB empacou? Os investimentos caíram? O governo trabalha sem
superávit? Se isso não afeta a vida ou trabalho de alguém, provavelmente
não vai significar coisa alguma. Mas as questões financeiras dos
brasileiros passam por um momento singular. A inflação, aquela velha
senhora que parecia domada pelo Plano Real, está de volta. Junto dela,
ressurgem lembranças ruins e os temores que pareciam confinados a um
passado distante. Para quase todo mundo, não há nada mais chocante e
verdadeiro no campo econômico do que a descoberta de que os preços estão
em forte disparada. Isso não só escancara a crise – sim, ela está aí e
desta vez veio com força – como causa impactos financeiros imediatos.
Para a classe média, essa realidade é ainda mais cruel. A conta para
esse grupo de brasileiros está pesada. Entre janeiro e abril, as
mensalidades escolares subiram, em média, 10%. No supermercado, alguns
alimentos ficaram, neste ano, 40% mais caros. O preço da gasolina
acelerou 9%. Nos cursos de idiomas, a alta superou 11%. Tudo isso para
uma inflação oficial de 4,56% nos quatro primeiros meses de 2015. Está
caro demais viver no Brasil – e, se o governo não agir com tenacidade,
vai ficar ainda pior.
Fonte: Data Kirsten Pesquisas,
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