MAIS DE 220 MIL MORTOS VITIMAS DAS BOMBAS ATÔMICAS LANÇADAS EM HIROSHIMA E E NAGASAKI, PELOS ESTADOS UNIDOS
As estimativas do primeiro massacre por armas de destruição maciça sobre
uma população civil apontam para um total de 220 mil mortos: 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki, Algumas estimativas, porém, elevam esses números ao contabilizarem as mortes posteriores devido à exposição à radiação
Na 1a. foto, o apogeu do majestoso Palácio das Indústrias em Hiroshima e após a bomba
Inaugurado em 1915 como Palácio das Indústrias de Hiroshima, o domo de Hiroshima fazia parte de um prédio em estilo ocidental projetado pelo arquiteto checo Jan Letzel. A construção é em estilo neo-barroco e indumentária estilo sezession, muito popular na Alemanha e Áustria do final do século 19.
O
prédio é uma das poucas construções
que permaneceram em pé na região onde foi lançada
a bomba atômica em 1945 . Calcula-se que a parte central do prédio
tenha ruido em menos de 1 segundo após a explosão,
que ocorreu a 160 metros a leste do palácio, a uma altura
de 580 metros do solo. A oeste fica a ponte Aioi, em forma de “T”,
usado como marca para lançamento da bomba.
O
domo permaneceu de pé porque foi atingido quase que verticalmente,
evitando que as paredes laterais fossem seriamente danificadas.
Como possuía várias janelas, a diferença de
pressão do interior e exterior do prédio não
foi muito grande – a diferença de pressão forçaria
a parede, derrubando-o. O palácio foi atingido 0,2 segundo
após a explosão por energia 1000 vezes mais forte
que a luz solar, e 0,8 segundos depois ventos de 1.584 Km/h. A pressão
atingiu 3,5 milhão hectopascal (35 toneladas por metro quadrado).
Todas as pessoas que estavam no prédio morreram na hora.
A energia liberada pela bomba atômica pode ser dividida em
3 partes: 50% vento, 35% calor e 15% radiação, sendo
5% radiação imediata e 10% radiação
remanescente.
A
população de Hiroshima passou a chamar as ruínas
espontaneamente de “Domo da Bomba Atômica”. O Parque
Memorial da Paz foi construído em torno do domo em 1955.
Na década de 1960, por causa de seu mal estado de conservação,
que poderia fazê-lo ruir, cogitou-se a sua derrubada. Mas
ele foi salvo pelo líder pacifista Ichiro Kawamoto, que se
emocionou ao ler no diário de uma colegial que morreu de
leucemia, por causa da bomba atômica, que “aquele triste
palácio deve denunciar às gerações futuras
os horrores da bomba atômica”. Em 1966 a prefeitura de
Hiroshima decidiu pela preservação permanente do prédio.
A cada 3 anos passa por vistorias para evitar o desmoronamento.
O
Domo da Bomba Atômica é considerado patrimônio
da humanidade da UNESCO desde 1996. Junto com construções
como o Campo de Concentração de Auschwitz, Polônia,
e ilha de Robben, África do Sul (onde opositores do apartheid
como Nelson Mandela foram presos), é preservado para nos
lembrar do lado sombrio da história da humanidade.
Uma homenagem brasileira:Vinicius de Moraes escreveu e Ney Matogrosso cantou um dos mais bonitos poemas sobre as vítimas de Hiroshima: Pum de Hiroshim
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