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segunda-feira, maio 30, 2016

AR-DIÁRIO- "NÚMEROS TRÁGICOS"

 Parece incrível, mas a cada dois anos, o Brasil perde, vítimas de acidentes no trânsito, a mesma quantidade de americanos que morreram em quase 12 anos de guerra no Vietnã. Apesar de o total de acidentes em rodovias federais ter caído 2,4%, entre 2004 e 2005, de 112.457 para 109.745, o número de mortos cresceu 3,8% no mesmo período, de 6.119 para 6.352 de acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Outro número impressionante foram os gastos com acidentes nas rodovias, que atingiram a soma de 22 bilhões por ano. Este montante equivale a 1,2% do PIB brasileiro. Este custo foi estimado em R$ 6,5 bilhões nas estradas federais, R$ 14 bilhões nas estradas estaduais e R$ 1,4 bilhão em estradas municipais. Esse relatório de acidentes nas estradas brasileiras, considerou dados de 2014 e 2015 nos aspectos econômicos envolvidos como gastos com a saúde, afastamento temporário ou permanente, remoção e traslados, danos e remoção de veículos, perda de cargas, custos judiciais, atendimento policial e danos à propriedade.
O relatório faz um alerta sobre os acidentes de motos nas rodovias: em 2014, o número de desastres envolvendo este tipo de veículo chegou a 12.095. Isto representa 10,8% do total, sendo 833 acidentes fatais, o que corresponde a 932 pessoas mortas (15,2% das mortes registradas). Outro fato que chamou atenção foi o alto índice de morte de pedestres por atropelamento: em 2014 foram registrados 3.996 atropelamentos, 3,55% do total de acidentes em estradas federais. Isso representa uma pessoa atropelada a cada duas horas, resultando em 1.176 mortes. Ou seja, enquanto uma morte ocorreu a cada 18 desastres com veículos em geral, foi registrada uma morte a cada 3,4 atropelamentos de pedestre.
Para o diretor da pesquisa, os acidentes não ocorrem por acaso. De acordo com ele, as principais causas dos altos índices devem-se ao aspecto humano (o que mostra a necessidade de uma melhor formação dos condutores) à manutenção dos veículos, ao ambiente (incluindo a conservação da via e o clima) e a fatores legais (como descumprimento das leis e necessidades de maior fiscalização). A pesquisa demonstra também que é preciso um tratamento sistêmico e objetivo da interação entre via, veículo e condutor, bem como um maior número de informações sobre velocidade, conservação de vias, volume e horários de tráfego. Dados comparativos foram mostrados entre o Brasil e os Estados Unidos: a frota americana é 6,5% maior que a da brasileira. Já o número de vítimas fatais para cada 100 mil veículos registrados é de 51,5% no Brasil e 17,9% nos Estados Unidos.

Um comentário:

  1. Caro Roberto,
    Acho que a divulgação do seu bem elaborado blog no Mural de São Lourenço, tem surtido bom efeito. Agora aguardamos a divulgação da nossa estância no seu Blogtur
    Aproveite a aproximação, divulgue o nosso Carnaval e venha se divertir na nossa estância.
    Da turma do São Lourenço on line.
    (O portal de SL na internet)

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